domingo, 6 de dezembro de 2015

CUBO MÁGICO: Uma experiência encantadora!

Texto da professora Patrícia Paegle (EMEF Angelo de Luca)

Penso que encantamento é a palavra que melhor traduz aquilo que sinto ao ver meus alunos virando e revirando um cubo mágico em suas mãos.
Numa das reuniões de formação dos professores de Matemática da Rede Municipal de Ensino, conheci a proposta de trabalho com o cubo mágico a partir da experiência vivenciada pela colega e professora Ana Lúcia. Considerei a idéia bastante interessante, acessível e oportuna para ser desenvolvida com meus alunos. Porém, confesso que o maior e mais forte motivo pelo qual o cubo me atingiu, foi o fato de que eu mesma não sabia montar um cubo mágico... e isso me tirou da zona de conforto e me levou a tomar uma decisão: Eu quero aprender a montar o cubo mágico!
Levei a proposta para as turmas nas quais atuo e, de pronto, já fui deixando claro aos meus alunos que eu não sabia montar o cubo, mas estava muito decidida a aprender e não desistiria, mesmo sabendo que isso exigiria busca, treino e persistência.
Nenhum de meus alunos também sabia montar o cubo. Então partimos juntos do mesmo ponto... Apresentei os vídeos sugeridos pela colega Ana Lúcia e passei a levar meus dois cubos para as aulas, deixava-os sobre a mesa para lembrar a todos, inclusive a mim mesma, o desafio que nos fora proposto. Para minha grata surpresa, em uma semana, alguns alunos me procuraram para dizer que já haviam aprendido. Passados mais alguns dias... Um, dois, três, dez, quinze, vinte alunos montando o cubo mágico!!!!
E é nesse movimento que surge o meu encantamento! Vê-los envolvidos com algo desafiador e saudável, fazendo algo pelo prazer de aprender é muito gratificante. Não é necessário verbalizar, mas sei que eles se vêem capazes quando montam o cubo. Vê-los partilhando a alegria da conquista, o sorriso de quem aprendeu e o olhar de aprovação dos demais, faz com que os objetivos da minha área, sempre tão racionais e técnicos, assumam uma postura mais sensível, voltada para o ser do aprendiz.  Vê-los interagir entre si a fim de buscar dicas, passos, técnicas, faz-me acreditar nas potencialidades que cada um de nós tem, sejam elas em que áreas do conhecimento estiverem. Eu mesma aprendi a concluir a montagem do cubo seguindo as orientações de um aluno! Isso não é fantástico? Já nos dizia Guimarães Rosa: “Mestre não é quem sempre ensina, mas quem de repente aprende”.

Num momento de reflexão em sala de aula, incentivei os alunos a levarem a experiência com cubo para a sua vida pessoal. Que esses jovens possam sentir-se capazes diante dos desafios, sem esquecer que tais desafios exigem persistência e dedicação. Trabalhar com o cubo está sendo uma experiência muito feliz!

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