Mensagem: Rogério Martins, apresentador do Programa Isto é Matemática.
Clique na imagem para pensar um pouco nas palavras desse professor e talvez, sentir-se mais tranquilo quanto ao seu trabalho como professor de matemática!
"Rogério, sugerimos um programa que trate de polinômios!"
ALGEPLAN
"Rogério, sugerimos um programa que trate de polinômios!"
ALGEPLAN
Esse material é conhecido como Algeplan. A ideia de apresentá-lo ao grupo surgiu no encontro anterior quando uma professora falou que gostaria que os encontros fossem momentos de trocas de experiências e comentou sobre a dificuldade de trabalhar com os polinômios. As sugestões serão enviadas por email.
BNCC de Matemática
Publicado em 3 de dez de 2015
Desafios da Educação: Especial - O currículo de Matemática na Base Nacional Comum Curricular
(Célia Carolino Pires - UFMS)
(Célia Carolino Pires - UFMS)
A pesquisadora Célia Carolino Pires comenta o currículo de Matemática da Base Nacional Comum Curricular. O Ministério da Educação recebe sugestões da sociedade para o documento que definirá os conteúdos mínimos obrigatórios a todos os alunos brasileiros.
Assistimos esse vídeo que trata do assunto: é muito interessante!
Conversamos sobre a análise do professor Cristiano Muniz. Você pode fazer o download.
Lemos as observações do professor Antônio José Lopes (Bigode), autor de livros didáticos.
Pedi autorização a ele para postar em nosso blog, pois alguns pontos são polêmicos. Como foi autorizado, estamos compartilhando nesse espaço.
Opinião sobre a BNCC
escrita por Antonio José Lopes (Bigode)
Proponho um
olhar mais global.
1) Os argumentos
sobre a necessidade da Base Nacional Comum não estão claros, o discurso dos
defensores (reformadores empresariais) é dúbio e marcado por atos falhos como o
de dizer que a escola privada não precisa da base, somente a escola pública. Se
entendermos que sim, precisamos da base, a questão é discutir que base
queremos, se é este formato engessado e sem fundamentação ou outro;
2) O BNCC
brasileiro foi escrito em 2 meses, por uma técnica de clonagem desavergonhada
traduzindo itens inteiros e mesclando do currículo australiano (que levou 8
anos para ser construído) e do Common Core americano (que levou outros tantos);
3) Em
matemática apenas um dos redatores tem alguma produção sobre currículo, não
foram chamados educadores ou especialistas em currículo ou em avaliação para se
evitar ter que discutir os moldes e princípios em que a base foi elaborada;
4) O BNCC
atende à indústria editorial e de testes por pressão de empresas privadas com
interesses no MEC e na privatização da escola pública;
5) Ignora
o que havia antes dos PCNs aos Direitos de Aprendizagem que foram publicados em
dezembro de 2014 e em seguida foram para o lixo. De acordo com analistas
críticos do próprio MEC viola princípios da LDB;
6)
Desconhece ou ignora programas recentes e materiais que existem e estão na
memória dos professores como o PNAIC e o GESTAR;
7) Traz um
concepção equivocada de que todos os alunos da mesma idade podem aprender do
mesmo jeito e num mesmo tempo, diz que os alunos do 1o ano tem que aprender os
números até o 30, quando a maioria das crianças faz contagens até 100;
8) Amarra
conteúdos por série, definindo que tal assunto é de um ano e tal assunto é de
outro ano, passando por cima dos estudos sobre cognição e aprendizagem;
9) A grade
é engessada e o que deveria ser o “mínimo” é extenso;
10) Propõe
uma abordagem fragmentada e é descontínua. As disciplinas não
"conversam" entre si;
11) Não
fundamenta nenhuma das escolhas;
12) Ignora
as abordagens metodológicas que podem determinar como se dará a aprendizagem
como a questão da interdisciplinaridade, a abordagem e o uso da história da
matemática;
13)
Pasteuriza o ensino e tenta amarrar o professor passando por cima de seus
saberes;
14)
Reinventa a roda propondo que "o trabalho com a geometria analítica
deve ser proposto de modo articulado com a álgebra" (BNCC, pg.
581). E daria para ser diferente ? Não foi com este propósito que a GA foi
criada por Descartes e Fermat? Há outros tópicos da grade proposta inviáveis de
serem implantados tal com está proposto;
15) O
principal propósito da BNCC não é a aprendizagem e sim o controle e a indústria
de testes pilotada pelos reformadores privados da Educação que é o negócio do
momento, veja a tentativa de apostilar o Brasil todo e os
"interessados" que fazem lobby e tentam ditar as
diretrizes da educação pública: Itaú - Unibanco, Bradesco, Santander,
Gerdau, Natura, Fundação Victor Civita, Fundação Ayrton
Senna, Fundação Roberto Marinho, Camargo Corrêa, Fundação Lemann
e Todos pela Educação e Amigos da Escola (que são fachadas destas mesmas
empresas privadas);
16) Não
vejo o BNCC como um documento curricular e sim como uma matriz de descritores
de avaliações de larga escala cuja finalidade é o mercado, os reformadores empresariais
e governantes que pretendem implantar um controle de professores com o discurso
da meritocracia para justificar do fechamento à privatização de escolas ao
arrocho salarial do professorado das escolas públicas, como já acontece em
muitos estados (PR, GO, SP, MT, PE, etc.).
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