Criciúma pode conquistar a primeira medalha de
prata ou de ouro na história das olimpíadas de matemática direcionada aos
estudantes dos Anos Finais do Ensino Fundamental e do Ensino Médio.
Aproximadamente 330 alunos de 34 escolas participaram da 2ª Fase da 11ª
Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas (Obmep), neste sábado,
dia 10. Os centros de aplicação das provas localizaram-se nas escolas estaduais
Governador Heriberto Hulse, Miguel Giacca e Engenheiro Sebastião Toledo dos
Santos.
Mais
da metade dos classificados não compareceu para realizar as provas. O índice de
presença do Ensino Médio não superou 30%. “Percebi que nos últimos anos esse
número tem diminuído bastante. Lamentamos o descaso de alguns, mas também
comemoramos quando percebemos o engajamento de professores e diretores
acompanhando e incentivando seus alunos. Tivemos o caso de um menino que
compareceu mesmo com caxumba”, relatou a coordenadora local, Carolina Serafim.
A
prova teve duração de três horas e era composta de seis questões discursivas,
nas quais os participantes precisaram mostrar os cálculos e o raciocínio
utilizados para resolver os problemas. Pedro Backes Jovenal, da escola Padre
José Francisco Bertero, recebeu duas menções honrosas em edições anteriores.
“Esta prova estava difícil. Mas, gostei de um problema que tinha círculos onde
tinha que preencher espaços em branco dependendo dos que foram pintados
anteriormente. Essa era fácil de interpretar”, avaliou o estudante.
Alunos
de Criciúma, Içara e Cocal do Sul, premiados com medalhas, em 2015, participam
do programa Obmep na Escola, iniciado em junho. Foram previstos 25 encontros no
decorrer do ano com os 42 participantes que reúnem-se na escola estadual Rubem
de Arruda Ramos e na escola municipal Dionízio Mililoli. Alexandre Goularte Cândido,
da escola Pascoal Meller, é um dos dezessete professores que participaram da
prova que selecionará novos formadores. “Este programa é uma grande
oportunidade para desenvolver os talentos que existem em nossas escolas
públicas. É um incentivo para os jovens estudarem a matemática que tanto gosto,
conhecer sua beleza e possibilitar alcançar objetivos mais audaciosos.
Enquanto professor, também há o aspecto desafiador de ser aprovado no concurso
e posteriormente poder trabalhar essas questões com grupos de alunos
interessados em aprender mais”, afirmou o professor.
Premiação
Os
6.500 alunos com melhor desempenho no Brasil receberão medalhas de ouro (500),
prata (1.500) e bronze (4.500). Também serão fornecidas até 46.200 menções
honrosas, distribuídas a estudantes destacados. O Instituto de Matemática Pura
e Aplicada (Impa) cuida de todo o processo de correção nesta fase e divulgará
os resultados no dia 30 de novembro.
Além
dos estudantes, professores e Secretarias de Educação concorrem a prêmios, de
acordo com o desempenho dos alunos. Neste ano, também em 10 de setembro, cerca
de 10 mil professores e licenciandos de Matemática fizeram a prova para
integrar o programa “Obmep na Escola”.
A
Obmep é promovida com recursos do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações
e Comunicações do Ministério da Educação (MEC), tem apoio da Sociedade
Brasileira de Matemática (SBM) e realização do Instituto Nacional de Matemática
Pura e Aplicada (Impa).
Nenhum comentário:
Postar um comentário